Os projetos atuais de arquitetura hospitalar são pensados de forma a proporcionar bem estar ao paciente

O que é um projeto de arquitetura hospitalar? Qual o impacto?

Guia de conteúdo

Um empreendimento hospitalar possui muitas peculiaridades. Diferente dos projetos residenciais, que reúnem características mais comuns, hospitais e outros ambientes de saúde possuem normas e regulamentações que precisam ser consideradas. 

Uma das principais normas é a RDC nº 50 do Ministério da Saúde, que dispõe sobre o regulamento técnico para o planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. 

Além disso, o conforto e a preocupação com o bem estar do paciente serve como bússola para alinhar o projeto arquitetônico de acordo com as melhores e mais modernas práticas do mercado. 

Nesse sentido, entra o conceito da arquitetura hospitalar humanizada. Estudado há alguns anos, o desafio dos novos ambientes de saúde é proporcionar uma jornada de experiências positivas ao paciente, a fim de auxiliar no seu processo de recuperação. 

Diante destes detalhes, contratar um arquiteto especialista no assunto torna-se essencial, pois é por meio dele que todas essas informações serão integradas em um projeto funcional e de acordo com a legislação vigente. 

Continue a leitura para entender qual a relação do trabalho do arquiteto com o sucesso do seu empreendimento. 

Quais as exigências legais para viabilizar o projeto de um hospital?

Um dos principais documentos necessários para o funcionamento do hospital é o Alvará Sanitário. Ele será disponibilizado pela Vigilância Sanitária (VISA), após a aprovação do projeto básico de arquitetura que deve ser apresentado previamente ao órgão. 

Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estipula algumas exigências específicas para empreendimentos do setor e há também a RDC do Ministério da Saúde que lista alguns requisitos essenciais para viabilizar projetos hospitalares no Brasil. 

Também será necessário desenvolver o mapa de risco hospitalar, para que todos que tenham contato com o ambiente conheçam a estrutura e os seus mecanismos de segurança. 

Estas são as principais regulamentações exigidas, no entanto, há outros documentos conhecidos pelo arquiteto responsável pela obra que serão providenciados. 

Leia também: Quais os requerimentos de aprovação de um projeto de arquitetura na vigilância sanitária?

O arquiteto especialista na área da saúde possui expertise no assunto
A Anvisa estipula algumas exigências específicas para empreendimentos de saúde. (Foto: Envato Elements)

O que considerar no projeto de uma edificação hospitalar? 

Hoje, além da funcionalidade, os projetos arquitetônicos de hospitais precisam atender ao propósito de auxiliar na recuperação do paciente. Os profissionais atingem esse objetivo por meio da interação paciente/ambiente que deve ser estrategicamente pensada dentro do projeto. 

Um dos primeiros passos é pensar no projeto de comunicação visual da estrutura. Ainda que este trabalho seja desenvolvido pela equipe de comunicação e marketing, o arquiteto precisa pensar na disposição dos elementos, conforme a identidade da marca. Isso inclui a organização do mobiliário, iluminação, localização e planejamento dos objetos. 

Além disso, a escolha das cores e o tipo de design também estarão de acordo com essas características pré determinadas. Por exemplo, se o arquiteto estiver trabalhando no projeto de um hospital infantil e a instituição prezar ambientes mais dinâmicos e interativos, apostar em cores quentes pode ser uma boa estratégia. 

Já para instituições tradicionais, onde o objetivo é imprimir tradição e neutralidade, a escolha da cor branca com aspecto mais clean tende a ser mais assertiva. 

Confira agora outros detalhes que fazem a diferença na constituição do projeto de um hospital:

Ergonomia de espaços e mobiliários

Além do design e inovação, o profissional deve priorizar a funcionalidade e a ergonomia, especialmente em hospitais, onde as condições de muitos pacientes podem estar comprometidas. 

Cadeiras das salas de espera e dos quartos precisam ser confortáveis, afinal, muitos acompanhantes permanecem por horas nas mesmas, assim como pacientes, enquanto aguardam atendimento. 

Imagine um paciente com sérios problemas de coluna sentado em uma poltrona que não ofereça conforto ergonômico ou um paciente obeso que não possui cadeira adaptada para sentar. Ambas situações exigem atenção, a primeira do aspecto ergonômico e a segunda quanto à acessibilidade. 

Todos esses detalhes trazem uma noção de cuidado e melhoram a experiência do paciente. 

Conforto acústico

Ambientes com muitos ruídos podem interferir tanto na qualidade do diagnóstico quanto no processo terapêutico. O projeto precisa contemplar soluções que melhorem o conforto acústico a partir da aplicação de revestimentos que atenuem o ruído.

Para que isso aconteça, é preciso compreender as dinâmicas do hospital, já que nele transitam pessoas, socorristas e muitos profissionais durante 24 horas por dia. 

Deve-se levar em consideração também os impactos sonoros externos, analisando os equipamentos prediais que ficam ao ar livre: condensadores dos ar condicionados, casas de máquinas, centrais de geração de energia, entre outros. 

De acordo com a Associação Brasileira para Qualidade Acústica, o nível de ruído compatível com o conforto acústico em ambientes hospitalares, como apartamentos, berçários e centros cirúrgicos vai de 35 a 45 decibéis (DB). Portanto, esse detalhe também deve ser contemplado no projeto.

Apostar em ambientes com entrada de iluminação natural é uma boa opção
Ambientes mal iluminados prejudicam o tratamento e o diagnóstico do paciente. (Foto: Envato Elements)

Atenção à iluminação

A elaboração de um projeto de iluminação hospitalar é um processo que exige bastante conhecimento técnico, em virtude da sua complexidade, afinal, cada ambiente exige uma análise específica. 

O ideal é que a iluminação permita a visualização entre os pacientes e profissionais, facilite a mobilidade de forma segura, sem causar fadiga visual ou desconforto. Iluminação natural, artificial ou a combinação de ambas podem ser consideradas. 

A utilização de lâmpadas dicróicas, fluorescentes compactas e tubulares, podem ser boas opções para ampliar a iluminação dos ambientes sem causar desconforto visual, além de lâmpadas LED que promovem uma melhor eficiência energética.

O projeto também precisa explorar a luz natural. De acordo com um estudo publicado no The Journal of Architectural and Planning Research, pacientes que não têm controle da iluminação, por meio da abertura de cortinas e persianas, apresentam insatisfação e mal estar. 

A pesquisa foi realizada em seis hospitais de Chicago, nos Estados Unidos, por profissionais de Medicina Física e Reabilitação da Universidade de Michigan. 

Conclusão

Diante das complexidades que envolvem o projeto de arquitetura hospitalar, contar com profissionais especialistas na área da saúde é um dos primeiros passos para iniciar o seu negócio. 

Projetos modernos e inovadores priorizam a experiência do paciente, por meio do conforto, segurança e modernidade. 

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